Renovado.
Eu vivo cansado, atormentado.
Preciso sorrir pra dizer o que sinto,
Atropelado!
Cafeína, açúcar eu vivo ligado
Eu vejo o tempo “voar”
Jogando “coisas”, sujando minha cabeça
E eu sem tempo de olhar,
Imundo.
Descanso os meus ossos, deixo a inocência morrer
Pra dormir num colchão de incertezas.
Com medo.
Apago as luzes,
Me apego à controles
Eu faço o que posso pra um pouco mais de mim se perder.
Em fila indiana, adoro falar, falar...
Alguém aí me deu lidocaína?
Não sinto a minha orelha queimar!
Um medo? Ver as minhas costas,
Não tenho tempo pra lavar,
A minha língua!
Eu tento calar.
Vivo comprando emoções e coloco-as dentro de um copo.
Estupro meu próprio coração,
É pedofilia o quanto penso em meu passado
Em quem ficava do meu lado,
No quanto era bom não saber.
Eu beijo papel, abraço papel
Eu vivo papel, por papel.
Insisto, eu desisto.
Então me pegue enquanto sonho
Raspe a minha cabeça e me deixe
Em qualquer lugar.
Me dê amnésia,
Pois minhas "calças estão muito largas"
E meu "salto muito alto".
Mas antes de tudo,
Me de um cão e uma bengala
Uma régua e uma mala
Porque dizem por aí que o amor é cego
E a vida é curta.
Renovado.