Às vezes
penso que sou um daqueles poetas
Que faz do seus medos
Poesias,
De seus delírios,
Uma virtude
E que faz das noites
os seus dias.
E às vezes
penso no que queria ser
E me vejo cercado
De medo e de poesias,
Desses delírios
que já não são virtudes
E dessas noites que não são dias.
E ainda, penso no que quero ser
E penso no que realmente quero ter.
Então, transformo
os meus medos
Em alegrias,
Meus delírios
Em poesias
E faço das minhas noites
Os meus dias.
Otávio Cristo / O Último Trovador.