A CÔMODA

Fecho a porta que fica e vou pro mundo,

sou expulso por seu silêncio aos gritos,

caio fundo no abismo do futuro

que dispensa o passado e me convoca...

Abro a vista e dou olhos pra minh´alma,

fujo dessa presença sempre ausente,

sopro a palma da mão que suplicava;

faço a pluma procurar um destino...

Você nunca me achou em seus guardados,

me deixou na gaveta mais secreta,

onda a meta não pode ser morfose...

Rompo a cômoda e fria solidão,

pois me canso de ser arquivo morto;

cais do porto de sua segurança...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 08/08/2016
Código do texto: T5722327
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