UM ESBOÇO DE POESIA AOS POETAS...

O maior poeta,

do universo terreno

dos meus versos,

nem sempre interpreta

as circunstâncias do todo...

E poetando

arrisca os primeiros passos

ainda em meio a embaraços

se arrisca à viver...

Enquanto eu,

aprendiz,

do aprendiz do poeta,

sinto que a vida me afeta

fazendo por um dia

meu versar infeliz!

O poeta pede poesia

e por ironia nem sempre a tem,

é porque o coração do poeta

não se manifesta aqui

e vai mais além...

E ele, ao se ver solitário

fica emudecido

já nem quer viver

e foge da vida

da rua,

da sua criança interior,

e faz o canário

que dentro dele canta,

morrer!

Canta poeta,

canta ao raiar do dia,

pelo ar,

pelo sol,

pela luz

canta em versos

em melodia

canta o que a vida

te traduz.

E mesmo que a vida

não lhe permita viver

os sonhos ocultos,

viva os sonhos de seus filhos,

de seus pais,

de seus irmãos...

colabore nos sonhos de outros,

estenda as suas mãos!

Quem sabe um dia

o poeta e a pseudopoesia

vão poder andar de braços dados,

um exercício intermediário

um treinamento diário

para o amanhã...

Onde longe dos lamentos,

e os sonhos livres

não detentos,

o poeta abrace à verdadeira poesia,

aquela que vem mansamente,

sem furacões, ou devaneios

sem compromisso predefinido

simplesmente pelo amor

libertário...

Enquanto isso,

eis que o poeta cria

e como parceiro de toda poesia

e mesmo na dissonância

Deus agia

dizendo pra ele se ver...

E o poeta

que profeta o amor

no universo dos versos

há de se ver aprendiz

evoluir e saber o que diz

levar a esperança em grãos...

Só assim,

Passando pelos ciclos,

os mares, as marés e as luas

em agradecimento,

fazendo da poesia

seu sustento,

o poeta pare de fugir de si mesmo

e consíga fazer

a sua poesia cantar!

E quando ela

fluir novamente ao além

onde o amor não se detém

o poeta vai parar

de andar a esmo!

E se lhe for permitido

o reencontro,

do encontro que no hoje

não convém,

quando o poeta

não mentir pra si mesmo

se desvincular dos lados opostos

que insistem arrastá-lo,

haverá sim o espargir da poesia

a consonância do divino

se fará eco no perpetuar.

RAYSSAC
Enviado por RAYSSAC em 20/07/2007
Código do texto: T571941
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