GUIA DOS CEGOS

É de dentro que moram os mais profundos mundos

Cegar os olhos abriu a visão do ver a origem

Que antes não se via no entrave do erro

Cego na precisão da sensação de ver como se é.

Um sol claro entre sons que não se faziam ouvir

Abri meus olhos, ouvia em si mesmo acumulado,

Na pele da fantasia vestida no indizível sensível

Semi -visto de uns olhos que tinham se perdido.

Esquecidos, mudos em paredes em branca vistas,

Fazia-se ouvir a mais por si mesmo a verdade

Guia, captura sua metade, estrutura o inaudito.

Onde o sentido sonhando cria a realidade vista.

Atravessa a ausência imaginária do real do ser

Não sem guardar no peito o que não pode dizer

Sem se reconhecer na sombra do sentido

Esfregando os olhos pelas mãos do saber.

De Fernando Henrique Santos Sanches

Poeta das Almas

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 30/07/2016
Reeditado em 05/08/2016
Código do texto: T5714067
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