PARA QUÊ?
Não se explique em quase nada.
O que sentir, pensar, sofrer,
qdo o viver em desordem briga,
grita, em voz abafada?
E de que ordem se precisa,
se a ordem escolhe o lado?
Inda a ordem da igualdade
dedilha as diferenças
que persistem, apesar da urgência.
Não se sabe o que sejamos
para o justo fazer justiça,
para o amor fazer amantes,
para a a água matar a sede
e o alimento nutrir o sangue
e a vida seguir adiante.
Se houver amor, que esse ame,
para que se possa dormir,
depois da lida estafante.
E não se pergunte para quê.
O ser e o estar de cada dia,
distração servida à mesa,
é que produz rumo e via.