PARA QUÊ?

Não se explique em quase nada.

O que sentir, pensar, sofrer,

qdo o viver em desordem briga,

grita, em voz abafada?

E de que ordem se precisa,

se a ordem escolhe o lado?

Inda a ordem da igualdade

dedilha as diferenças

que persistem, apesar da urgência.

Não se sabe o que sejamos

para o justo fazer justiça,

para o amor fazer amantes,

para a a água matar a sede

e o alimento nutrir o sangue

e a vida seguir adiante.

Se houver amor, que esse ame,

para que se possa dormir,

depois da lida estafante.

E não se pergunte para quê.

O ser e o estar de cada dia,

distração servida à mesa,

é que produz rumo e via.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 16/07/2016
Reeditado em 20/07/2016
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