ATÉ A MORTE CHEGAR

Conheci muita gente com cara de nada;

sem nenhuma expressão de qualquer sentimento;

não havia momento, repente, mudança,

um registro da alma na flor da expressão...

Vi pessoas talhadas pra serem assim

ante a dor, o contento, a vontade, a repulsa,

no começo, no fim ou no meio do caos,

nas expectativas e nas descobertas...

Muita gente parece de bronze ou de gesso,

reza um terço imutável que nunca termina,

deixa o mundo girar e não cai do suporte...

Vejo rostos em branco, sem nenhuma pauta,

só a falta da falta que que a vida não faz

nessa paz de quem morre até que a morte chegue...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 29/06/2016
Código do texto: T5681911
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