VOCÊ...
Eu estava no caminho
meio sem destino,
e no desatino, encontrei você.
Enquanto andava,
parecia a esmo
seguia indefesa
sem mesmo me sentir...
Sem me defender.
E no trajeto
desta trajetória
deste objeto
já sem utilidade...
Parei de respirar!
Provocando a morte do "eu",
do que nunca foi "meu"
desisti de amar.
E a poesia,
que já fazia parte
do que me resgatava,
invadia meu eu,
clareava o breu,
me descortinava...
Entregue a você
minha poesia
viajo onde convém
longe da hipocresia.
E a ironia,
é parecer parado
e ir mais além...