CAMINHO
Pelo que há de belezas,
pelo que há de desejos,
pelo que há de certezas,
sentemos a esta mesa.
Criemos o vão da porta.
Quero a passagem que traga
o pouco de cada mão dada,
o claro de cada jogada,
a maravilha de Alice no país que,
dizem, existe.
Na esquina de cada poder
que se encontre a surpresa
Escorrendo o fundo saber
do convite da poesia,
da luz perfeita do dia
em que vou te conhecer.
Conhecer o simples,
o pouco, a linha reta,
correta, no seu pouco parecer,
no entanto,
completa.