Exaurida, deito-me sobre a mesa, mas ainda com
vontade de escrever. pensamentos não param,
sinto-me tão só, como se estivesse em uma ilha
diserta e distante de tudo e de todos. Já decantei o
meu amado, escrevi por escrever, agora é madrugada...
O vento leve e frio entra pelo vão da minha janela...
uma leve saudade me visita, saudade daquela
fogueirinha, ao lado do amado, inebriada pelo seu
canto apaixonante e o seu olhar encantador, as
labaredas de fogos dançavam à nossa frente e os
seus olhos refletiam uma viagem misteriosa e envolvente, submersa em um desejo alucinante e uma paixão
arrebatadora que me deixava fascinada a viajar e contemplar tanta beleza no encanto do seu olhar. E ali, acomodados
no quintal da nossa casa, ao som do violando tocando
a música do Gil... Não chores mais. E tantas outras...
 
Avohai
, Ai Que Saudade D'ocêgostoso de mais com Maria Bethânia... E muito mais... E voce, tocando e cantando... que bela contemplação.  É... Tudo passa tão depressa... Um amor tão intenso e sublime, entre duas
almas tão sensíveis e delicadas, tinha que vir algo para quebrar, porque o mal não suporta  tanto amor, tanto bem querer e sublimidade. Mas esse amor apenas está
adormecido, mas contnua intacto, para ser vivido por
mim e aquele que tem a alma tão linda e sensível
quanto à minha e que ainda virá até a mim... Aguardo-te,
meu eterno amor. Saudade da minha família, vivíamos
todos juntos, agora todos estão longe de mim... Que saudade... E cansada, tento ainda escrever, mas o
 
sensório cansado, turva os meus pensamentos. Que a luz da poesia dissipe o meu cansaço e aclare minhas fontes. Meus pensamentos
divagam... Àquela briga de trânsito como terá terminado? O menino que nos abordou no farol em que calçada fria, estará deitado, mãos marginais o conduzem para o crime, quisera eu pudesse abraça-lo agora... Injustiças, me machucam a alma. E a moça, que pegou o seu amado com outra, em que estado estará o seu coração... Qantas coisas ruins acontecem pelo mundo, enquanto eu penso e escrevo... Como eu gostaria,
de aplacar a dor, da humanidade e  fazer um mundo melhor, mas o que poso fazer é lançar as minhas palavras de amor, é poetizar o bem eu preciso escrever, preciso amar... E agora também eu queria um fago um abraço, uma palavra de carinho. Mas tudo é deserto, dentro dessas paredes que me cercam. Saudade de ti...  Amor que ainda virá, um dia quem sabe, tu possas me ler. Tu és um poeta e estais só, porque eu sou tua poetisa e precisamos nos reencontrar, sim, porque ja vivemos juntos... Pode ter certeza disso, que no dia em que nos reencontrarmos sentiremos essa sensação.  Continuarei escrevendo, Jamais deixarei de poetizar a vida e de versejar você, a poesia dá vida à minha alma e acompanha-me desde
os meus tempos primeiros... Oh meu lindo poeta vem, o meu amor por ti é intenso e verdadeiro... 

                        Kainha Brito

                        
Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 08/05/2016
Reeditado em 25/06/2016
Código do texto: T5628734
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