O TEMPO E A DOR

Parece que o tempo deixou de passar.

Agora, só lava a alma e os detritos

da vida a dois. A três por quatro,

perde-se em questões quânticas.

Sem sentido, ocupa espaços vazios e não

poupa críticas a telescópios espiões.

Nega sua origem e diz não existir.

Nem se importa mais com energias,

atrações e emoções do mundo cósmico.

Sobrevive, sem mágoas, das epopéias.

Na invocação de divindades, clama por

Chonos, que o abandona e o deixa à mercê

das limitações da vida mortal.

No silêncio da dor. Da própria dor.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 30/04/2016
Código do texto: T5621352
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