E eu aqui, enquanto essas formigas trabalham arduamente

E eu aqui,

enquanto essas formigas trabalham arduamente

Decepando com suas afiadas garras dentarias,

as folhas do abacateiro e seus brotos.

Matando o que seriam seus futuros frutos.

(Meu pai já as jurou de morte por isso).

E as cadeiras logo ali com ninguém sentado nelas

Não olhando qualquer coisa logo ali também

ou talvez olhando os degraus da escada.

As cadeiras?

Fim.

Não,

Fim ainda não.

As escadas descem e sobem as escadas?

Ou só ficam paradas as escadas?

Hoje armei uma fogueira de trinta metros de altura menos vinte oito

e o pássaro que sobrevoava a mata era um filme

e eu também Já fui um desses meninos que correm atrás de pipas o dia inteiro.

Também já construí um campinho como eles.

Quanta poesia correndo por ai o dia inteiro e não consigo escrevê-la!

Não lembro mais porque eu gostava de subir naquela arvore.

Merda!

Tiago Torress
Enviado por Tiago Torress em 30/04/2016
Reeditado em 30/04/2016
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