Mero instrumento...
Mero instrumento...
Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: Piracicaba, 16/abril/2016 – 11h: 50min
Dias já passados de meus olhos alguém me perguntou:
Posso saber por que você se permite ao escrever das poesias?
Parei e pensei bem... Respondi, na verdade não me permito,
Sou permitido a escrevê-las, sou apenas um mero instrumento;
Quando eu ‘comecei’ não entendia ao que fazia, mas fazia,
Relutava contra isto por não entender, mas fazia e teimava,
Houve um tempo que até nada mais fiz, então me fiz silêncio,
Contudo foi um tempo de amadurecimento e de compreensão;
Na sua hora derradeira fez-se presente e convicto o escrever,
‘Começou’ dentro d’alma, discreto, numa chama de luz persistente,
Parecia-me como uma aventura passageira, outro aprendizado,
Apenas parecia-me, eclodiu na pele, por fim no sinistro da mão;
Faz-se hoje ‘gritar’, ‘falar’, ‘cantar’, ‘esbravejar’, ‘libertar’ a vida,
Dar ênfase aos sentimentos, as emoções, as sensações e as saudades,
‘Alforria’ as lágrimas de quem sofre, até de quem busca amar ou ama,
Oferece paz aos lamentos, o esquecimento da solidão que faz por ferir;
Disse-lhe por fim: sou apenas um ‘seresteiro’ dos versos que ‘gritam’,
Permito o fim da tristeza, o retorno da alegria, um tempo de harmonia,
Capto aqui e acolá, sem que ninguém perceba aos ‘fragmentos’ diários,
‘Guardo-os’ cá no meu baú de lamentações, de certo de felicidades também;
Pouco a pouco vão se harmonizando, buscando ao sentido correto, o fluir,
Quando ‘prontos’ então fazem-se palavras que ‘fervilham’ cá em minha mente,
Clamam a liberdade, querem ‘sorrir’ pela face, pela ‘porta afora’ de meu corpo,
Findar-se para então ‘renascer’, ‘ganhar vida’, presentear ao Criador e as pessoas.