MITO

Coberta por uma lucidez iludida

Descrevo sonhos de uma caverna

Minha parte da escuridão já foi vivida

Resta-me vinhos de uma taberna

Embriago-me pelo teu canto

Faço dele meu mantra por ora sagrado

Pergunto-me "onde esta o encanto?"

Respostas caem em papeis manchados.

Sacrifico-me sem pressa mas anseio pelo fim

Sob uma rocha a disposição de um abutre feroz

Que a todo instante insiste em levar de mim

Lágrimas e a lembrança que eu guardava de "nós".

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 15/04/2016
Código do texto: T5606136
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