MITO
Coberta por uma lucidez iludida
Descrevo sonhos de uma caverna
Minha parte da escuridão já foi vivida
Resta-me vinhos de uma taberna
Embriago-me pelo teu canto
Faço dele meu mantra por ora sagrado
Pergunto-me "onde esta o encanto?"
Respostas caem em papeis manchados.
Sacrifico-me sem pressa mas anseio pelo fim
Sob uma rocha a disposição de um abutre feroz
Que a todo instante insiste em levar de mim
Lágrimas e a lembrança que eu guardava de "nós".