A ÁRVORE
Sou a semente cálida entre os baldios
E vieram secas
E vieram tempestades
Mas o rebento verdadeiro veio na primavera certa
Pois me alimentei das poças
Fui ao fundo dos poços
Pássaros e relva
disputaram meu abrigo
Mas, hoje, olhai a campina
e vede quão inexplicáveis somos
árvores entre abrolhos
lírios entre espinhos
fecundados sob o mistério
das pedras.