TERRA
Má dicção de nada dizer por inteiro,
De sempre faltar a coisa cheia do viver
Redondo, sem brechas...
Menino pisando o barro branco.
Plantada mão esquerda do fôlego forte!
Mãe, vem a mim,
Esquece o fogão e seu fogo eterno ,
Desgastante e necessário.
Boca seca de acordar cedo.
Dedos penteando os cabelos na corrida
De acordar o dia.
Mãe, vem a mim,
A mim inteira
e vem me dizer a terra
que escolheu seu plantar profundo.
Ainda estou aqui, cheirando
A cor marrom da terra.
Ficarei.
A terra chama o saber que nào tenho.
Voarei, mãe.
Voarei para o encima.
Nas pontas dos pés
alcançarei seu chão lá no alto,
Ao rés da relva.