Dies Domini
Numa pífia manhã de um corpo insone
em que a mente translúcida flutua
na nulidade em ter amanhecido
eu procuro um sentido que impulsione
o meu corpo cansado e a mente nua.
Eu sobrevivo torto a outra alvorada
e no estertor febril da manhã pálida
a mente ausente e inútil não trabalha
e se amortalha inerte, fria e inválida
sem ilusões, sem sonhos – e sem nada!