PASSAGENS
PASSAGENS
(Uma amiga Poetisa, perguntou-me certa vez, na correspondência datada de maço de 1978:
“O quê, até então, você já ouviu falar?”
Solano Brum
Bem cedo, amiga, eu ouvi falar da guerra,
De infelizes seres, imigrantes e apavorados!
De crianças órfãs, famintas sobre a terra...
Da bomba criminosa e corpos putrefatos!
Depois, a juventude da pós-data - ouvi falar -,
A liberdade... O grito a uma nova geração!
Mas com ele, o rugir do monstro, a propagar
O vício aos tóxicos, como mal sem solução!
Agora, das mentes fracas, total desamor;
Conflito social; desrespeito ao semelhante,
Vórtice existente em meio à falta de pudor!
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Não será surpresa, amiga, nosso entardecer...
O ser humano, em derrocada surpreendente,
Terá o Apocalipse num formidável anoitecer!
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