Pequena ode a alguém que morreu, assim, do nada
Eu nunca gostei de morrer.
Nunca ainda morri nessa vida.
Aliás, já fazem vinte e nove anos que eu não morro!
Sei que você deve estar contente por ter reencontrado sua mãe,
Mas,
ter partido assim do nada,
De uma forma tão besta,
Tão jovem,
Tão trágica,
É que não me conformo...
Partiu sem ninguém deixar,
Sem pedir permissão,
Sem se despedir...
E eu sei que você também não gostava de morrer.
Mas morreu assim mesmo da vida.
Aliás, com apenas vinte sete poucos anos.
Tão poucos anos!
Eu não era nada seu,
Não fomos próximos,
Aliás nem chegamos perto de ser,
Mas nem por isso tão distantes como agora!