O SOCORRO

O SOCORRO

Solano Brum

Numa sexta-feira treze,

Justo quanto eu atravessava a mata,

- já dobrando a meia-noite-,

Vi à minha frente, densa neblina,

A qual fez meu animal parar.

Apertei os olhos... Perlustrei...

Havia um núcleo

E dele,

Uma fosca luz se agigantava

Em proporções incandescentes,

E mais e mais,

E à frente desse brilho,

Uma mulher

Se contorcendo,

num metamorfismo

semelhante à cobra!

De sua boca,

Ecoantes gritos

Preencheram a escuridão,

- Iguais aos de Melusina -,

Que me estremecera a raque!

E aumentando ainda mais o meu assombro,

Ouvi o rosnar de um felídeo

Sobre minha cabeça,

Pronto para o ataque.

Em igual percepção,

Meu cavalo rompeu a passada,

Fugindo do perigo!

Os agoniados

E formidáveis alaridos,

Provinham do fundo dum fosso,

Os quais puseram em fuga

O bicho feroz!

= = =

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 13/03/2016
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