O SOCORRO
O SOCORRO
Solano Brum
Numa sexta-feira treze,
Justo quanto eu atravessava a mata,
- já dobrando a meia-noite-,
Vi à minha frente, densa neblina,
A qual fez meu animal parar.
Apertei os olhos... Perlustrei...
Havia um núcleo
E dele,
Uma fosca luz se agigantava
Em proporções incandescentes,
E mais e mais,
E à frente desse brilho,
Uma mulher
Se contorcendo,
num metamorfismo
semelhante à cobra!
De sua boca,
Ecoantes gritos
Preencheram a escuridão,
- Iguais aos de Melusina -,
Que me estremecera a raque!
E aumentando ainda mais o meu assombro,
Ouvi o rosnar de um felídeo
Sobre minha cabeça,
Pronto para o ataque.
Em igual percepção,
Meu cavalo rompeu a passada,
Fugindo do perigo!
Os agoniados
E formidáveis alaridos,
Provinham do fundo dum fosso,
Os quais puseram em fuga
O bicho feroz!
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