O FRADE E A FREIRA

O FRADE E A FREIRA

(As Duas Pedras)

Solano Brum

Amiga! Não posso condenar alguém,

Ou piedoso, dar-lhe o meu perdão!

Mas, vem do alto... De muito além,

O julgamento a qualquer cristão!

É fato? É lenda? Vai de mão em mão

Em prosa e verso? - Fundamento tem!

Mas, se o amor supera a profanação,

O Dogma é o Juiz e não olha a quem!

Permanece ali, sob os pés da amada,

- Ajoelhado – Pedindo a Deus o perdão,

Por haver cometido atos aviltados...

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Felizes os que têm a alma apaixonada;

Que subjugam as leis do próprio coração

E se eternizam, mesmo que petrificados!

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Em trânsito de Vitória para o Rio, em 28/8/2OO8, à noite, dentro do ônibus, observando a paisagem bucólica, sob um luar intenso, apareceu, como num passe de mágica, as duas pedras, que, para quem não sabe, são chamadas de “O frade e a Freira”, e que ficam, - não precisamente -, na entrada da Cidade de Cachoeiro do Itapemirim-E.S. De repente, assustei-me com a enfática pergunta da beata, a qual dividia a poltrona comigo: “E logo comigo!”

“-Você acha que eles tinham o direito a... Foi merecido o castigo?”

Por alguns segundos permaneci calado. E como ela não ouviu a resposta, também se calou. Só Deus sabe A quantos ela já tem perguntado – Pensei. Somente depois que ela dormiu é que pude rabiscar este poema. Assim que ela acordou, li para o poema, mas ela não se pronunciou a respeito. Ou não entendeu ou fingiu não haver entendido o tema. Mas, insistiu na mesma pergunta:

“- Sei de nada não Senhora!” – Respondi-lhe educadamente.

O resto da viagem foi um silencio total entre nós dois até o Rio.

TROVA

Paulo Miranda

Tão comovente a história

desse inusitado casal

e o Pai para sua maior glória

os livrou de todo o mal...

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Obrigado caro Poeta, por sua linda interação. Deus te abençõe.

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 11/03/2016
Reeditado em 14/09/2020
Código do texto: T5570806
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