poemas romenos- vintu de jos

8 da manhã

A névoa nevoa meu olhar

Continuo na interminável vida de palavras ou sem

Desço até a profundidade do ser

Para descobrir

Não há ninguém

Castelo de fantasmas

Não sei seu nome

Não sabe o meu

Talvez Joana

O sol nunca brilha aqui

A névoa encobre o nosso olhar

Amor encoberto pelo latido dos cães

Queria você aqui

Por um minuto ou algumas horas

Sei lá

Pra que?

Conversar talvez

Ou trepar violentamente

Neste castelo de brumas

Onde eu não vivo

Você não vive

Ninguém vive

Só fantasmas

A névoa obliterando a nossa vontade

Fumaça

Só fumaça

Só fumaça

Sem trem