CAIS
Fim de tarde, fim do dia que se vai.
Em busca de noite macia, de aconchegos longos
e sonhos de caramelo.
Barco de cor distante encalhado em águas
de cristalinas lembranças.
Sem âncora... nem leme... nem lastro,
de visitadas histórias, papagaios piratas
e tesouros de brilhos em arcas de noés.
Agora, como em calmas tormentas, nada lhe resta mais
a não ser o amparo amigo do cais.