A ALMA SENTE AO SENTIR QUE SENTE

O que queres? O que esconde, íntimo, na palavra viva que habita subjacente a carne, mesmo quando invade de sensações paliativas o espírito do universo sensível. Se há silêncio das delicias dos prazeres, somos o gozo pertencentes ao volver, da imaginação alada, fértil dos sentidos.

Ouve o som, do toque, o gosto decote, ardendo todos poros do corpo escrito, no sopro envolto do encontro das vontades.

Quer dentro? Solto na mão, leve como a boca no ouvido. No gemido arrepio das costas sentido o seu entorno pertencente, como uma outra alma diante de si.

Aonde iremos? No despertar do soltar das levezas, de delicias requintadas. Latendes marcas, nas formas sensíveis, sonhadas pela presença de quem olha, como vivo desejo sendo pousado de fogo, pela alma purificada.

Toca o infinito e entra entorpecendo o sentido. As cores quentes viram fontes de desejos alados de vontades sentidas.

Quer voltar? Leve o céu idílico nas portas enamoradas da rua. Inebriante que semeia o diáfano momento das horas acalantadas de um tempo luminoso.

Escrever é levada das viagens vagarosas.

É o lugar que se quer entrar ao sair, toda virada.

A sensação de estar dentro, nas horas mais belas aguçadas. Em que somos puro deleite das paisagens intocadas, quando se faz viva na carne as chaves do mundo pelas palavras.

Ínfimo revoar das estrelas, grito de espera ecoado.

Suga-lhe o gosto das lembranças rosas da boca

E volta onde sempre esteve a se encontrar.

Do mundo que explora o que é interior, contempla nossos olhos inteiros.

De Poeta das Almas - Fernando Febá

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 14/01/2016
Reeditado em 12/09/2016
Código do texto: T5510906
Classificação de conteúdo: seguro