PENSEI
Sempre pensei que a alma do velho fosse
seca e satisfeita.
Enrugada e sem cores restasse a um canto
completa no seu nada querer, eu pensei...
Pensei que, como uma pedra, por não incomodar,
ficasse invisível.
E não.
Turbulenta por saber a parede,
revoluteia na impotência que herdou
do saber o quase,
do saber o limite,
do saber o fim,
do saber a fé
que não tem,
mas deveria...
para ficar
seca
e
satisfeita
a
um
canto.
Invisível.