PENSEI

Sempre pensei que a alma do velho fosse

seca e satisfeita.

Enrugada e sem cores restasse a um canto

completa no seu nada querer, eu pensei...

Pensei que, como uma pedra, por não incomodar,

ficasse invisível.

E não.

Turbulenta por saber a parede,

revoluteia na impotência que herdou

do saber o quase,

do saber o limite,

do saber o fim,

do saber a fé

que não tem,

mas deveria...

para ficar

seca

e

satisfeita

a

um

canto.

Invisível.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 09/01/2016
Reeditado em 16/01/2016
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