Por quê ?
Olhos a querer enxergar bem o que há para ver.
Não selecionam, veem sem ler.
A função deles é ver.
Ouvidos capturam ruídos.
Não importa que sentidos possam ter.
É ruído, pode entrar, não cabe a nós separar.
Mãos agarram o que lhe vem.
Não questionam se é mal ou bem.
Não selecionam o que nos convém.
O olfato é igual.
Entram-nos pelas narinas cheiros de toda a sorte.
Às vezes cheiros de morte.
O paladar chega a gostar do sabor que ali encosta.
Ou deixa entrar para a máquina de viver ter com que
se alimentar.
A mente e o coração se encarregam da seleção.
Mente e coração inteligências a mandar, quem sai.
Quem veio para ficar.
Como se dá a inversão?
Quem decreta esta falsa ilusão?
Por quê?
Por que erramos na seleção?
Por que deixamos ficar quem chegou para maltratar?
Por que mandamos embora quem nos podia salvar?
Lita Moniz
Olhos a querer enxergar bem o que há para ver.
Não selecionam, veem sem ler.
A função deles é ver.
Ouvidos capturam ruídos.
Não importa que sentidos possam ter.
É ruído, pode entrar, não cabe a nós separar.
Mãos agarram o que lhe vem.
Não questionam se é mal ou bem.
Não selecionam o que nos convém.
O olfato é igual.
Entram-nos pelas narinas cheiros de toda a sorte.
Às vezes cheiros de morte.
O paladar chega a gostar do sabor que ali encosta.
Ou deixa entrar para a máquina de viver ter com que
se alimentar.
A mente e o coração se encarregam da seleção.
Mente e coração inteligências a mandar, quem sai.
Quem veio para ficar.
Como se dá a inversão?
Quem decreta esta falsa ilusão?
Por quê?
Por que erramos na seleção?
Por que deixamos ficar quem chegou para maltratar?
Por que mandamos embora quem nos podia salvar?
Lita Moniz