MENTIRA

Aqui, agora, a hora do julgar profundo.

Na manhã, na tarde, a flecha que seguiu se parte.

Não olho,

só ouço

a fibra que arde ácida com o chegar da noite.

Escuros olhos, escuros passos,

Escuros braços enlaçando o doer do crer.

O recolher das raízes do sempre

Se faz ...premente

E de repente

tudo desanima...

O dia se aclara,

o banho se faz urgente,

a escova procura os dentes.

Quero buscar os ovos, fazer uma boa fritada

e toda a poesia da noite, por certo

virou um nada.

Joguei a metáfora fora,

sou uma alma pagã.

Talvez com as glândulas

insanas, serei poeta

amanhã.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 31/12/2015
Reeditado em 10/08/2018
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