MENTIRA
Aqui, agora, a hora do julgar profundo.
Na manhã, na tarde, a flecha que seguiu se parte.
Não olho,
só ouço
a fibra que arde ácida com o chegar da noite.
Escuros olhos, escuros passos,
Escuros braços enlaçando o doer do crer.
O recolher das raízes do sempre
Se faz ...premente
E de repente
tudo desanima...
O dia se aclara,
o banho se faz urgente,
a escova procura os dentes.
Quero buscar os ovos, fazer uma boa fritada
e toda a poesia da noite, por certo
virou um nada.
Joguei a metáfora fora,
sou uma alma pagã.
Talvez com as glândulas
insanas, serei poeta
amanhã.