UM DIA, UM RIO.
Eu ouvia o barulho do rio,
eu sentia o cheiro da água,
o vento tocava a relva
balançando a vegetação..
Eu ouvi os alaridos,
vozes em tons aflitos,
eu vi este rio inteiro
correndo em desespero
como se tivesse em ebulição.
Eu vi gente morrendo,
animais se afogando,
o nível de lama subindo,
criança chorando
cadê mamãe,
a tudo se consumindo.
Vi as margens se afastando,
tudo se enlanguescendo,
se esmiuçando
como máquina trituradora,
Vi ondas altas gigantes
à vida ameaçadora,
como algo banal.
Agora morreu tudo,
desapareceu
como se vivêssemos
uma batalha final,
Morreu o rio,
morreu a gente, os peixes,
os pássaros
seus ninhos em massacre fatal.
Antônio Herrero Portilho/16/12/15
Eu ouvia o barulho do rio,
eu sentia o cheiro da água,
o vento tocava a relva
balançando a vegetação..
Eu ouvi os alaridos,
vozes em tons aflitos,
eu vi este rio inteiro
correndo em desespero
como se tivesse em ebulição.
Eu vi gente morrendo,
animais se afogando,
o nível de lama subindo,
criança chorando
cadê mamãe,
a tudo se consumindo.
Vi as margens se afastando,
tudo se enlanguescendo,
se esmiuçando
como máquina trituradora,
Vi ondas altas gigantes
à vida ameaçadora,
como algo banal.
Agora morreu tudo,
desapareceu
como se vivêssemos
uma batalha final,
Morreu o rio,
morreu a gente, os peixes,
os pássaros
seus ninhos em massacre fatal.
Antônio Herrero Portilho/16/12/15