Pietá

Trago no rosto a expressão de Pietá,

Mãos vazias para mostrar

E no colo brotos de céus em desalinho;

Giro no mundo de chão molhado

Tropeçando no escuro do caminho.

Nem vultos de pontes unindo o sul ao norte,

Só o sopro do vento melancólico e forte

Fazendo a alma balançar.

Mas há de haver um ponto sagrado

Onde o mundo possa ser ancorado

E viver em harmonia

O sonho pela vida sonhado.

Onde a semente germine

Onde a realidade sorri

E a vida, preciosa, se ilumine.

(Reeditado com alterações)

Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 20/11/2015
Reeditado em 30/07/2016
Código do texto: T5455352
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