DÚVIDA
Nada invento,
Tudo cresce nos versos que me
levam.
Forjo na chama caminhos nos pés,
costuro flores azuis
e levito ao pensar chuva.
Quando somo espaços aos vazios,
elevo a lágrima e
vejo os sonhos que derretem enquanto.
Na rua, na noite, na folha e
em mim há vazio.
Bem feito em mim o desprezo,
bem feita em você a espera.
Carrego o corpo de luz e
canto o fim dos enganos,
planos desumanos.
A vida verdadeira é.
Sem eira nem beira é,
mesmo que não
se queira.