VOLTO PRA MIM
Sou do tipo que foge do que foge;
que se cala diante do silêncio;
vê as formas, as cores do invisível;
faz o frio que o frio já tem feito...
Como ponho retiro meus afetos
e desperto pro fim de qualquer sonho,
tenho eco pra toda não resposta
na garganta insondável da caverna...
Muitas vezes me perco na ilusão
ou me deixo avançar além do justo,
onde o chão não foi feito pros meus pés...
Mas não deixo meu brio se perder;
reequipo meu ser; volto pra mim;
sou do tipo que sabe quando é tipo...