A OLHO NU

Tive minhas coragens, mesmo tortas,

cuidadosas, improbas ou estranhas,

minhas portas se abriram pouco a pouco,

as entranhas mandaram seus sinais...

Houve medo, mas foi de ser covarde,

de morrer e levar os meus segredos,

ficar tarde pra todas as certezas

que se pode alcançar de sim ou não...

Fui alguém que lançou a rede ao lago,

teve sua ilusão ao ver a lua

num afago do céu na flor das águas...

Sutilezas, engenhos e ousadias;

dei aos dias eivados de paixão

a razão de viver a olho nu...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 09/11/2015
Código do texto: T5443226
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