Amanhecer do sonho

É como se o sonho estendesse seus braços

Fazendo o pó d’alma refletir contra a luz

E inconscientemente soltasse os seus laços

Aconchegando-se naquilo que seduz.

O dia esperado insiste em não nascer,

O desejo jejuado desmaia sem solidez,

O galo não canta. O que o fez esquecer?

Duvido que não tenha sido a sua timidez.

Distante, no horizonte, surge escassa,

Uma réstia breve de luz matinal,

Trás bordado no colo do céu em lasca

A ponta da lua, brilhante como aurora boreal.

O sol distante levanta o sonho feliz

E o dia devolve ao poema a serenidade

E o verso, feito vertentes de águas em chafariz,

Espalha-se como luz fugaz de felicidade.

Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 04/11/2015
Código do texto: T5437987
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