Quero-me

A cada curva que desvelo,

A casa se aproxima,

E o cheiro de outros tempos inuda meu coração opresso.

Sei que por aqui pisei, afastando-me,

Como que o mais desprezível dos ingratos incautos...

Ali eu vejo a lagoa onde espelha o Céu,

E o velho balanço sob a árvore onde ensaiei voar...

Não espero festa,

Nem que mate um boi,

Não espero roupas brancas, nem anel portentoso,

Nem simples...

Meu pai,

Minha casa,

A partir daqui é que sou...

Quero-me.

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 03/11/2015
Reeditado em 03/11/2015
Código do texto: T5436046
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