Quero-me
A cada curva que desvelo,
A casa se aproxima,
E o cheiro de outros tempos inuda meu coração opresso.
Sei que por aqui pisei, afastando-me,
Como que o mais desprezível dos ingratos incautos...
Ali eu vejo a lagoa onde espelha o Céu,
E o velho balanço sob a árvore onde ensaiei voar...
Não espero festa,
Nem que mate um boi,
Não espero roupas brancas, nem anel portentoso,
Nem simples...
Meu pai,
Minha casa,
A partir daqui é que sou...
Quero-me.