Ora maldita, ora bendita...

Ora maldita, ora bendita...

Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®

Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®

Concebida em: Piracicaba, 01/novembro/2015 – 19h: 25min

‘Anda’ comigo a saudade,

Faz-se certa e presente,

Inimiga do som da minha voz,

Não me deixa viver,

Insistente pranto de dor,

Jamais felicidade em ardor,

Não me deixa esta maldita,

Não chora mais pelos meus olhos,

Clamo tanto que vá logo embora,

Oferto-lhe todas as noites o caminho da porta,

Mas ‘esta cega’ finge ignorar o recado,

Não me deixa viver,

Clama pelo o que não lhe pertence,

‘Rouba-me’ o prazer dos sentimentos,

Cerceia-me a sensação das emoções,

Expulsou a solidão do meu coração,

Proibiu o aproximar da esperança,

Contudo faz-me fiel prisioneiro,

‘Acorrenta-me’ nas piores lembranças,

Trucida todas as minhas vontades,

Nem sei mais se por capricho,

Nem sei mais se por maldade,

Fazes o que bem quer deste mortal,

Ora ‘fere’, ora cicatriza minh’alma,

Já não sei discernir se é sofrimento,

Quem sabe faz-se salutar lenitivo ao corpo,

‘Sai’ e ‘entra’ pelas ‘portas’ do meu ser,

‘Leva’ e ‘devolve’ quando quer a vida,

Enquanto não encontro a própria coragem,

Engana ao meu viver e me faço conivente,

Quando imagino que ‘esta’ saiu pela porta afora,

Acredito então respirar e assim viver,

Faço por ‘libertar’ então meus versos e lamentos,

Na espera que eu seja socorrido e abençoado,

Mas nos meus sonhos não grito auxilio,

E quando me permito perceber cá já estás,

Faço-te maldita, mas aceito-lhe como bendita.

CeGaToSí
Enviado por CeGaToSí em 02/11/2015
Código do texto: T5435234
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