PARA SEMPRE
Reúnam-se as pequenas mortes
e que juntas formem o grande corpo
da destruição de cada dia.
Mas colham-se também as pequenas alegrias
e que juntas formem a grande alma
da construção de todo dia.
E para os que ainda restam vivos,
cante-se o hino que faz espera na
grande porta, no limiar
que o desconhecido santo e definitivo
oferece como chão.
Salvem-se as lembranças, os sonhos e o amor,
que todo o resto florido, perfumado, caloroso e agradável ao paladar
brinde cada corpo, que já não existe,
com a extrema música,
do momento extremo que persiste!