PARA SEMPRE

Reúnam-se as pequenas mortes

e que juntas formem o grande corpo

da destruição de cada dia.

Mas colham-se também as pequenas alegrias

e que juntas formem a grande alma

da construção de todo dia.

E para os que ainda restam vivos,

cante-se o hino que faz espera na

grande porta, no limiar

que o desconhecido santo e definitivo

oferece como chão.

Salvem-se as lembranças, os sonhos e o amor,

que todo o resto florido, perfumado, caloroso e agradável ao paladar

brinde cada corpo, que já não existe,

com a extrema música,

do momento extremo que persiste!

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 02/11/2015
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