SÓ PARA OS QUE
O real confrontado com o real nauseia o tanto que Sartre dimensiona.
Minha jangada de pedra vagueia pelas bordas do acaso,
mas que é da terceira margem desse mar absoluto?
A licença vinga seus propósitos mais nobres.
Traz a noite densa, enquanto fecha as portas.
Assusta o silêncio, abre os olhos , mãos em mãos vazias.
Cantigas para acordar.
Perfumes para atordoar,
Imagens para turvar,
Toques para adormentar,
Licores para re/provar.
Aqui jaz a história, sem qualquer refeito.
Acomode-se agora em seu leito.
A vida vai sem pergunta, sem resposta,
Desconfio que até o sossego gosta.
O sossego secular,a história tumular,
A rolar, a falar, a criar, até mesmo a calar.
A calar os anseios, os critérios,
Os mistérios.
Raízes, império.