SÓ PARA OS QUE

O real confrontado com o real nauseia o tanto que Sartre dimensiona.

Minha jangada de pedra vagueia pelas bordas do acaso,

mas que é da terceira margem desse mar absoluto?

A licença vinga seus propósitos mais nobres.

Traz a noite densa, enquanto fecha as portas.

Assusta o silêncio, abre os olhos , mãos em mãos vazias.

Cantigas para acordar.

Perfumes para atordoar,

Imagens para turvar,

Toques para adormentar,

Licores para re/provar.

Aqui jaz a história, sem qualquer refeito.

Acomode-se agora em seu leito.

A vida vai sem pergunta, sem resposta,

Desconfio que até o sossego gosta.

O sossego secular,a história tumular,

A rolar, a falar, a criar, até mesmo a calar.

A calar os anseios, os critérios,

Os mistérios.

Raízes, império.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 07/10/2015
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