VAIDADE

Mas como era o poeta,

o poeta criador,

sempre ficava lá fora,

lá fora, cheio de nada,

cegando o apelo do tudo

que só queria morrer.

Faltava só inventar orações adoradoras

por seu incessante criar.

Então inventou as vozes

que não queriam calar,

sem olhos , sem corpo, sem nada...

E o louvavam sem parar.

Por fim, sossegou, exausto,

e dormiu para acordar.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 03/10/2015
Reeditado em 13/11/2020
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