POR MENOS QUE PAREÇA

O poeta sofre. Já não diz coisa com coisa.

Já não distingue pedra e estilingue.

Vive variando, falando coisas sem nexo.

Complexo, esse ser calórico, precisa mais

é de piscina, under the rocks.

Com esse calor danado, sofre de avarias.

Enxerga muros, divisores de povo e povos.

Não entende a amplitude de bonecos.

Nem mesmo sabe a tanta vergonha que brota.

E brota...e brota...e brota. De palácios, ministérios,

mistérios de poder. Muros de alumínio.

Extermínio de esperanças boçais.

Queria ser crente agora. E gritar: Ah! Senhor

meu Deus. O que houve com tua criação?

Inda bem que sou ateu. Não consigo acreditar

em aberrações tamanhas.

Tamanho é meu espanto.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 07/09/2015
Código do texto: T5374141
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.