AO PROFESSOR ANALFABETO

Leia os olhos expostos da criança;

cada vírgula, ponto e reticência;

veja quanta inocência se perdeu

no desleixo de afetos de vanguarda...

Interprete a leitura dos olhares

e silêncios que dançam solitários,

quando explode o paiol da rebeldia

nos aquários formais do "beabá"...

Seja um mestre que sabe ler mais fundo,

muito além da presença "indesejada"

do menino que a fada não domou...

Ache a fonte que jorra no deserto

sob tantos valores reprimidos

pelo duro alfabeto do descaso...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 22/06/2007
Reeditado em 15/07/2007
Código do texto: T537098
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