Poesia
É a gota de orvalho que caiu das folhas nos dias de outono.
A mão que segura, os dedos que acariciam nas noites de frio.
A mesma que fere e deixa marcas,
Da luta e da festa veem brilhar,
A flecha envenenada no peito
Do cavaleiro mais intrépido.
A poesia não tem rosto, não tem mentiras.
Verdades? Nem de longe...
Só existe a glória dos olhos
Que testemunharam o grande feito,
O sentimento e as palpitações que ali se emocionaram.
Não está na natureza,
Não está nas flores,
Nem em suas pétalas que caem,
Como quem deixa o berço.
A poesia não se agarra no coração dos poetas,
Seria muuuito egoísmo...
Nem nos gatos vira-latas se amando na riba de meu telhado.
[E que poemice estes fazem...
Poesia não prende, nem se instala,
É outra forma de uma coisa qualquer,
É a luz que apenas os escolhidos veem,
Na escuridão que somente os mesmos
São condenados a sentir.
Decifrá-la... Melhor não tentar.
Deleite-se,
Não a ponha na coleira.
Pois a melhor companheira é a que inspira saudade,
Que vai meio embora e volta inteira,
Deixa ir!...Até a distância
Tem lá seu valor.
E quando menos tu esperar,
Sentado embaixo das bananeiras,
Apreciando de longe o leve cheiro de mar,
Sentirá um hálito doce,
Como o da moça mais pura...
Não pense .Não espere. Não queira
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Assim............................................
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Ela volta.