Poesia

É a gota de orvalho que caiu das folhas nos dias de outono.

A mão que segura, os dedos que acariciam nas noites de frio.

A mesma que fere e deixa marcas,

Da luta e da festa veem brilhar,

A flecha envenenada no peito

Do cavaleiro mais intrépido.

A poesia não tem rosto, não tem mentiras.

Verdades? Nem de longe...

Só existe a glória dos olhos

Que testemunharam o grande feito,

O sentimento e as palpitações que ali se emocionaram.

Não está na natureza,

Não está nas flores,

Nem em suas pétalas que caem,

Como quem deixa o berço.

A poesia não se agarra no coração dos poetas,

Seria muuuito egoísmo...

Nem nos gatos vira-latas se amando na riba de meu telhado.

[E que poemice estes fazem...

Poesia não prende, nem se instala,

É outra forma de uma coisa qualquer,

É a luz que apenas os escolhidos veem,

Na escuridão que somente os mesmos

São condenados a sentir.

Decifrá-la... Melhor não tentar.

Deleite-se,

Não a ponha na coleira.

Pois a melhor companheira é a que inspira saudade,

Que vai meio embora e volta inteira,

Deixa ir!...Até a distância

Tem lá seu valor.

E quando menos tu esperar,

Sentado embaixo das bananeiras,

Apreciando de longe o leve cheiro de mar,

Sentirá um hálito doce,

Como o da moça mais pura...

Não pense .Não espere. Não queira

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Assim............................................

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Ela volta.

G Trindade
Enviado por G Trindade em 01/09/2015
Reeditado em 02/09/2015
Código do texto: T5366824
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