Entre Rosas e Orquídeas
Entre rosas e orquídeas me sentia,
Mas eram flores de giestas que via.
O que queria nunca viria.
Fantasma de mim a vagar sem acreditar
Que tinha que ser assim.
Cheguei aqui de mãos vazias.
O corpo a sangrar de tanto trabalhar.
O que aconteceu? Em que curva da minha
estrada fiz de mim este nada.
Não me tragam rosas, nem orquídeas, nem
Flores de giestas.
Na minha vida não há mais lugar para festas.
Não riam alto, vou pensar que estão rindo de mim.
Não façam barulho.
Não acendam lâmpadas demais.
A claridade acorda a sanidade que resta dentro de mim .
Aponta-me o que podia ter feito e não fiz.
Acusa-me, e diz: não fez porque não quis.
Lá nos porões de quem sou, rodopia uma bailarina.
Sorri para ela feliz , como quem diz:
Fui eu que decretei a tua sina.
Lita Moniz
Entre rosas e orquídeas me sentia,
Mas eram flores de giestas que via.
O que queria nunca viria.
Fantasma de mim a vagar sem acreditar
Que tinha que ser assim.
Cheguei aqui de mãos vazias.
O corpo a sangrar de tanto trabalhar.
O que aconteceu? Em que curva da minha
estrada fiz de mim este nada.
Não me tragam rosas, nem orquídeas, nem
Flores de giestas.
Na minha vida não há mais lugar para festas.
Não riam alto, vou pensar que estão rindo de mim.
Não façam barulho.
Não acendam lâmpadas demais.
A claridade acorda a sanidade que resta dentro de mim .
Aponta-me o que podia ter feito e não fiz.
Acusa-me, e diz: não fez porque não quis.
Lá nos porões de quem sou, rodopia uma bailarina.
Sorri para ela feliz , como quem diz:
Fui eu que decretei a tua sina.
Lita Moniz