PARADOXO
Eu morro de ciúmes de você
De repente, eu não sinto mais.
Nada.
Te amo. Não te conheço.
Lamento profundamente ter te
visto.
Conto as horas pra lhe ter aqui.
Viro as costas, deixo respostas no ar.
Viajo.
Quero morrer. Morro de amor.
E tenho na vida o lugar mais
bonito.
Vivo nas nuvens, renasço outra vez.
Pulo do céu sem paraquedas e chego.
Plenitude.
Estou cheio de você. Farto, repleto.
E gasto a noite a encher a sua caixa de
mensagens.
Eu quero a ti e mais nada.
Apenas farei juras de amor a quem resta.
Ninguém.
Não, não é confusão.
Não, não é certeza.
Nunca.
Preciso de você, apenas de você.
Você não recebeu convite para minha festa.
Hoje.
Penso em ti o dia todo.
Ao mesmo tempo escrevo tese, tratado e resenha.
Romance.
Dou um tempo. Digo que estou em outra.
E tenho seu nome e suas datas em todas as senhas que
Uso.
Canso. Descanso. Foco e sufoco.
Faço e desfaço. Desço subindo e fugindo eu
Fico.
Eu quero e não pode. Cê pode e não quer.
Eu posso e você que quer pode não,
Queremos.
Nós somos a sorte que temos
Azar que ninguém sabe usar.
Podemos.
A gente se olha por dentro
Apenas para ver se ninguém acha,
Coração.
Retiro a dor que tu sentes
Coloco calor em teu peito frio.
Congelo.
E vivo o encanto de um transe perpétuo
Desperto pra vida! – formamos um par.
Sonho.
Não, não é confusão.
Não, não é certeza.
Nunca.