POEMA DA SOFRÊNCIA

É fácil entender a sofrência

dessas moças do meu Brasil.

Pois não sou nenhum carpinteiro

não fui nenhum padeiro

nem nenhum leiteiro.

Sou moço goiano

de sotaque mineiro

e a minha viola

eu levo comigo estrada afora.

Há sempre um menino que me

abre a porteira

( o filho que nunca tive, inventado, sonhado, sei lá)

[do céu?

e nunca sei meu destino.

Não levo faca

Não levo arma

Não levo desaforo pra casa

Trago sempre comigo são uns versos

que fiz pra minha prenda

mas moça bonita que ouve apaixona

e se eu beijo uma flor roubado

ela logo aprende que sou da estrada

e que meu adeus é sempre Adeus.

É fácil entender a sofrência

dessas moças do meu Brasil

Adeus!

Junho de 15

João Dinato
Enviado por João Dinato em 27/06/2015
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