MOINHOS DE VENTO
Voce sempre diz:
“Quero a sorte tranquila d’um amor”
Esse desejo – talvez – não te revele
Que:
Sabe lá o que ta por trás disso
Sim!
O enigma e o grande barato da esfinge
Que serpenteia - nem sempre - o seu próprio vício
Pra não deixar que o teu desejo veja
E por isso
Voce não pisca
Nem olha
Nunca vê
Que as mirabolantes cabeças de Medusa
Não vivem só e apenas por uma única razão...
Vivem!
Quem sabe assim...
Voce descubra que o talvez!
Ou quem sabe seja o visgo
Do pra sempre!
Que venham as correntezas de todos os rios
Um sopro uivante dos ventos
Ou a suave leveza das flores
Porque a turbulência-fúria do mar
Deixa...
Deixe que a certeza do sempre
Procure
Vagueie
E cure quem sabe
A agonizante ferida dos nãos!