O BOM DO AMOR

É a voz do meu corpo que me chama

sem os gritos de outrora e seus destons,

tem a chama nos graus do meu controle

sob os dons naturais e seus temperos...

Vou em paz; meu prazer não vai fugir;

a minh´alma se guarda em cada vão,

pra ungir as entranhas desta carne

que saiu do carvão; entrou na brasa...

Também sei que não firo a consciência,

consultei a carência e me dei conta;

não há conta, carnê ou promissória...

Um acaso de amor, tão brando amor

nos envolve, dá laço e nos desata;

cata o bom de se ter e nos devolve...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 26/06/2015
Código do texto: T5290278
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