Primeira alegria
Li teus versos Poeta,
E passei a amar-te pacificamente...
Divagar as paisagens iam se revelando,
E, mesmo daqui de baixo,
De tão distante,
Eu pude contemplar o esplêndido material
Que molda teu cantar fecundo,
Eu vislumbrei teu Mundo, mas não por mim,
Mas apenas pela imensa grandeza de tua arte maior...
E aqui sinto-me vivo,
Como quem a séculos andasse curvado,
E então recebesse a graça de mirar o céu e o distante
Como quem tivesse sido perdoado para sempre...
Então Tagore,
Eu te abraço com meu espirito ignorante
E te agradeço doando a ti
A primeira alegria do meu coração tempestuoso...
Sei que um dia,
Entre o sem fim dos tempos
Nos encontraremos,
E até lá, estou certo,
Meu Espirito também cantará,
Como tu,
Um amor pacifico e fecundo.