Que mal há
Que mal há
Onde foi morar a idéia?
Fugiu do meu pensamento.
Lamento.
Onde o desejo se esconde?
Por debaixo dos panos...
Alimentando os enganos.
Que mal há,
Se meu remédio é placebo...
Finjo e bebo.
É só faz de conta
Depois do olhar de soslaio
Dou de ombros e saio.
Hoje estou assim,
Amanhã, sei lá.
O futuro saberá aguardar.
E se acaso não souber...
Lá adiante resolvo o embaraço.
Sem dar uma de João sem braço.
Valéria Escobar