NÃO SE PRENDE A LIBERDADE

Não se prende a liberdade

em gaiolas de arame enferrujado.

Palavras se calam, apenas,

para tornarem a gritar,

com o gosto e a força

do rugido das vagas do mar.

Só se perde

o que nunca se teve,

Só se tem, de verdade,

aquilo que é conquistado

com denodo e fé,

coisas minimas e banais,

feitas para serem breves:

lembranças de um beija-flor,

- difusa e leve -,

do outro lado do vidro da janela,

em manhã de outono,

perdida de tanta beleza.

- por JL Semeador de Poesias, em 1º de maio de 2015 -