O VOO OBLIQUO DA LIBÉLULA
A tua fotografia fitei
Os olhos eram os de ontem
Ainda os de rapina...
Não localizaram nada
Enxergar-te?
Não!
A visão-retilínea
Tornava voce um objeto estranho!
Quem sabe uma lupa pra te reconhecer
Naquele retro amarelado
Que o teu retrato não permitia
Te enxergar hoje!
O desbotado escondia
O teu sorriso
O amor sufocado
Ali reprimido
Lá represado
Desconhecido por tantas fugas
Um pouquinho mais para a esquerda
Olhei...
Não com as grossas lentes do lince
Vi
Bem perto de mim
Num estreito cantinho da foto
Voce...
Mulher!