O VOO OBLIQUO DA LIBÉLULA

A tua fotografia fitei

Os olhos eram os de ontem

Ainda os de rapina...

Não localizaram nada

Enxergar-te?

Não!

A visão-retilínea

Tornava voce um objeto estranho!

Quem sabe uma lupa pra te reconhecer

Naquele retro amarelado

Que o teu retrato não permitia

Te enxergar hoje!

O desbotado escondia

O teu sorriso

O amor sufocado

Ali reprimido

Lá represado

Desconhecido por tantas fugas

Um pouquinho mais para a esquerda

Olhei...

Não com as grossas lentes do lince

Vi

Bem perto de mim

Num estreito cantinho da foto

Voce...

Mulher!

GuimarãesCampos
Enviado por GuimarãesCampos em 21/04/2015
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